
Alexandra Lancastre é esta senhora. Doida varrida, diga-se de boa verdade. Uma comédia à portuguesa, com certeza.
Numa mansão que acredita ser a casa branca, a presidente (que permanece durante todo o filme sem nome) gere o futuro da américa. A sua fiel secretária, com quem tem uma relação algo ambígua, apoia-a na árdua tarefa que é ser a mulher mais poderosa do mundo. Entre reuiniões com o comité, entrevistas para a Vanity e ataques aos chineses, seguimos o dia a dia da presidente dos Estados Unidos da América.
Claro que tudo isto não passa de uma sátira, não só à América mas a nós portugueses que temos a mania que somos os maiores. Mas, tudo o que é demasiado pretencioso por estas bandas acaba por falhar e este filme não é excepção. Aparte de algumas cenas cómicas bem conseguidas, em grande parte devido ao grande elenco feminino do filme, tudo o resto tenta ser demasiado inteligente e snob para uma comédia como esta.
É errado pensar que, porque nada faz sentido e são atiradas para o meio algumas frases bonitas (mas que não fazem sentido nenhum), o filme passa a ser uma obra de arte. Nada disso, numa obra de arte nada é ao acaso, tudo existe por um motivo e faz sentido no conjunto. Aqui nada faz sentido, é tudo uma loucura desvairada protagonizado por um conjunto de personagens femininas loucas. E, apesar de acabarmos por nos rir em algumas cenas, terminado o filme permanece a sensação de que nada daquilo fez sentido.
Ainda assim é um filme a ver, mesmo que seja só para nos deliciarmos com o elenco exclusivamente feminino que, para além de muito agradável à vista, espelha as mais variadas gerações de actrizes de talento nacionais.

A minha classificação é de: 6/10Etiquetas: Criticas |